CHOROS VOL. 2 GANHOU CINCO ESTRELAS DA REVISTA AUSTRALIANA LIMELIGHT
Choros Vol. 2 ganhou mais uma avaliação, agora na revista Limelight. São cinco estrelas (de cinco) ao álbum dedicado a obras concertantes de Camargo Guarnieri. Gravado em 2020, traz a Osesp, regida por Roberto Tibiriçá, na companhia de quatro solistas, cada um executando um dos Choros para seu instrumento. O lançamento apresenta ainda a camerística "Flor de Tremembé".
Confira a crítica de Phillip Scott na revista:
Choros Vol. 2
Camargo Guarnieri [1907-1993]
Flor de Tremembé – Choro para Instrumentos Solistas e Percussão
Ovanir Buosi (clarinete), Horácio Schaefer (viola), Matias de Oliveira Pinto (violoncelo), Olga Kopylova (piano), Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Roberto Tibiriçá. Naxos. 2020-2021. Duração: 1h10’. Técnica: 4,5/5
Este lançamento, o segundo de dois, contém os Choros de Guarnieri para clarinete (1956), piano (1956), violoncelo (1961) e viola (1975). Todos os quatro abundam em passagens dançantes de alto astral com ritmos latinos sincopados, alternando com música de lirismo pastoral, e geralmente terminam numa atmosfera festiva e carnavalesca.
O par posterior, para cordas, é um pouco mais modernista: o compositor chega a empregar uma fileira de 12 tons no concerto para viola, mas sua leveza de toque e exuberância brasileira não são afetadas (Guarnieri odiava música de 12 tons e escreveu artigos sobre o quão não-natural ele a achava – então compôs algumas para provar que podia!). O programa também contém um trabalho inicial para orquestra de câmara, Flor de Tremembé (1937), que é jazzístico com ecos de Gershwin.
O disco é ainda mais divertido que o Volume 1. Os músicos estão totalmente em casa com o idioma de Guarnieri: os andamentos de Roberto Tibiriçá são pontuais, os solistas são ótimos, o som de primeira. Este Choros para Clarinete deveriam ser tão populares quanto o Concerto para Clarinete de Copland (que, aliás, foi amigo e benfeitor do compositor nos EUA).
Confira a crítica na íntegra AQUI.